domingo, 30 de março de 2014

Sobre a preguiça

 



  Como podemos definir a preguiça?
A preguiça é um aspecto negativo que se manifesta em nosso ser e que corrompe a vontade. 

Muitas e muitas vezes deixamos que a preguiça boicote nossos planos e ideias. A preguiça está presente no nosso dia a dia mais forte do que imaginamos. Somos sócios da preguiça, ela acaba sendo nossa aliada, pois damos poder a ela. 
Afinal, muitas vezes ela nos salva nos momentos difíceis. 
Assim pensamos, mesmo sem nos darmos conta disso.

Aprendi que a preguiça se manifesta em nós não só no corpo físico, mas também em nosso corpos sutis: corpo emocional, corpo mental e corpo espiritual. 
Como se dá isso? Vou exemplificar.


A preguiça se manifesta no corpo físico quando não queremos agir,  exercitar, movimentar mais,  fazer alguma tarefa mais demorada ou complicada.  No dia a dia é aquela gaveta para arrumar, a ida a algum lugar, jogar a papelada fora...
Para alguns é mais fácil deixar para depois, é mais confortável ficar descansando, acha-se mais gostoso não fazer nada. Pensa-se: "Ah...dá um trabalho danado!"

A preguiça se manifesta no corpo emocional  quando não queremos trabalhar nossas emoções. Há quem diga: "Sou assim e vou morrer assim." 
Esta pode ser uma pessoa acomodada pela inflexibilidade e preguiça de se melhorar, crescer. A vontade está fraca. 
Enfrentar seus próprios medos, enxergar seus aspectos negativos de personalidade e tornar-se uma pessoa melhor é um processo evolutivo que vale a pena, mas a preguiça trava esse processo.

A preguiça se manifesta no corpo mental quando não queremos pensar, aprender algo novo, aprofundar numa reflexão, ler e entender o que se leu. 
Fazer planos, calcular, organizar... nem pensar!...  
A mente torna-se banal, fútil, superficial.

E a preguiça se manifesta no corpo espiritual quando não queremos desenvolver nosso espírito, crescer espiritualmente, aprender matérias mais elevadas, ter contato com a própria alma. Saber e entender o porquê de estar vivendo aqui e agora e o que existe além do físico. 
Adiamos isso, afirmando: "Estou bem assim".

Para fugir do que não queremos, podemos nos acomodar num aspecto para não trabalhar o outro. Por exemplo, você precisa estudar muito,  por isso acha não pode praticar exercícios físicos.  É um aspecto da preguiça.

Como também o é quando alguém é muito ativo, mas não tem tempo para fazer uma oração e ter um momento de quietude.  Isto é um boicote que a preguiça faz ao espiritual. A gente arranja um jeito de dar força a ela. 
E assim o tempo vai passando e não se faz o que é preciso ser feito.

Então, proponho fazermos um trabalho anti-preguiça: desativá-la de nosso 4 corpos, o físico e os sutis, equilibrando numa faixa positiva corpo, emoções, mente e espírito. 
Um pouco de vida saudável para cada corpo. 
Fortalecer a vontade e perceber as artimanhas da preguiça. 
Ela se camufla em "não quero",  "tenho medo", "não sei",  "não acredito", para dar alguns exemplos.

Como agora é o momento da transformação pessoal para então transformarmos Gaya, vamos dar um adeus à preguiça. Sermos pró-ativos, serenos, mais elevados espiritualmente e criadores de uma nova realidade. 
Fazermos o que devemos fazer.
Dar a nossa contribuição ao mundo, o nosso melhor, aquele que a preguiça esconde.

Lembrando que ter um momento para descanso, quando se pratica a paz interior, não é exercitar a preguiça.
A paz é positiva e produtiva, pois através dela a mente se acalma, as ideias aparecem, a alma se ilumina.
E o corpo age beneficamente.

É preciso entender a diferença entre praticar a paz  e  ter preguiça.
Pois é da paz em ação que o mundo precisa.

Shanti!


 






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