terça-feira, 4 de junho de 2013

Construindo a Paz I

  



 Muito se fala sobre paz.

Muitos perguntam: É possível alcançar a paz? É possível viver em paz neste mundo conturbado? Não será a paz uma utopia?

No íntimo, todos querem a paz, pois é um desejo inerente ao ser humano. A paz é um sentimento original, o homem o traz ao nascer. Por sua essência divina, pela fagulha divina que o alimenta, a paz de Deus está nele. Por isso ele a busca inconscientemente, pois com o turbilhão da vida, ele esqueceu o que a paz significa. Alguns passam a buscá-la fora de si, em algo que ilusoriamente lhes traga satisfação, outros a encontram em alguns momentos e outros têm uma vivência maior com a paz.
E há outros que se tornam insensíveis a tal sentimento, pois a jogaram lá no fundo do seu coração.

Paz no mundo e paz interior são indissolúveis.
É impossível estabelecer a paz entre pessoas, países e povos se o que existe no interior das pessoas são sentimentos como  ódio,  vingança, competição e total desarmonia.

Somos células do Todo, por isso somos iguais, não existe separação. A separação é feita pela mente humana que dita o seu comportamento. Quando o homem entender o respeito ao seu próximo e respeitar as diferenças como ele próprio gosta de ser respeitado, uma porta se abrirá em sua consciência, dando acesso a outros entendimentos.

O oceano é formado por gotículas de água, que, juntas, formam um colossal conjunto. Não há uma gota diferente da outra. Se forem analisadas, são exatamente iguais. Assim é a criação divina. Nós, humanos, temos características que nos tornam iguais em essência. Por isso não faz sentido ódio, destruição, guerra. Somos todos um no oceano de Deus, somos gotinhas nessa água infinita.

Pode-se refletir sobre a igualdade entre os seres quando acontecem catástrofes,  tragédias,  dramas. Nessas horas tristes todos sofrem juntos. Isso porque o que um sofre, toca profundamente o coração do outro, gerando a solidariedade. Porque somos iguais.
Da mesma forma que os momentos felizes, as vitórias e as conquistas são compartilhados com alegria. Todos entendem essa alegria. 
Porque somos iguais.

O que será mais belo: um jardim de alegres tulipas amarelas ou uma paisagem com destroços e lixo? O mais belo será aquele que lhe trouxer uma mensagem pacífica e harmoniosa. Sua mente, em contato com sua alma, sempre escolhe o que lhe trouxer uma ideia de bem estar. Porque a sua essência é pacifista.

O ser humano há milênios é governado por sua parte materialista, que muitas vezes é confundida com realismo e inteligência. Se for insensível pode ser elogiado, até chamado de forte e determinado. E esses adjetivos alimentam o ego que o vai cegando para as sutilezas da alma.
E assim são forjados cidadãos que atuam em total desconexão de sua essência primordial. Podem ser fortes, podem ser valentes, mas se escolhem a violência e o ódio, são infelizes.  São infelizes porque estão desconectados da paz. Esta desconexão traz conflito, dúvidas e medos acobertados pelo comportamento bélico.

Construir a paz é uma tarefa consciencial. A cada momento, a cada dia, é premente escolher e estabelecer a paz em nossa vida e consequentemente a paz à nossa volta. 
Porque é o hoje que faz o amanhã. Porque a hora é sempre agora.

Shanti!



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