Muito se
fala sobre paz.
Muitos
perguntam: É possível alcançar a paz? É possível viver em paz neste mundo
conturbado? Não será a paz uma utopia?
No íntimo,
todos querem a paz, pois é um desejo inerente ao ser humano. A paz é um
sentimento original, o homem o traz ao nascer. Por sua essência divina, pela
fagulha divina que o alimenta, a paz de Deus está nele. Por isso ele a busca
inconscientemente, pois com o turbilhão da vida, ele esqueceu o que a paz
significa. Alguns passam a buscá-la fora de si, em algo que ilusoriamente lhes
traga satisfação, outros a encontram em alguns momentos e outros têm uma
vivência maior com a paz.
E há outros que se tornam insensíveis a tal
sentimento, pois a jogaram lá no fundo do seu coração.
Paz no mundo
e paz interior são indissolúveis.
É impossível estabelecer a paz entre pessoas, países
e povos se o que existe no interior das pessoas são sentimentos como ódio,
vingança, competição e total desarmonia.
Somos
células do Todo, por isso somos iguais, não existe separação. A separação é
feita pela mente humana que dita o seu comportamento. Quando o homem entender o
respeito ao seu próximo e respeitar as diferenças como ele próprio gosta de ser
respeitado, uma porta se abrirá em sua consciência, dando acesso a outros
entendimentos.
O oceano é
formado por gotículas de água, que, juntas, formam um colossal conjunto. Não há
uma gota diferente da outra. Se forem analisadas, são exatamente iguais. Assim
é a criação divina. Nós, humanos, temos características que nos tornam iguais
em essência. Por isso não faz sentido ódio, destruição, guerra. Somos
todos um no oceano de Deus, somos gotinhas nessa água infinita.
Pode-se
refletir sobre a igualdade entre os seres quando acontecem catástrofes, tragédias,
dramas. Nessas horas tristes todos sofrem juntos. Isso porque o que um
sofre, toca profundamente o coração do outro, gerando a solidariedade. Porque
somos iguais.
Da mesma
forma que os momentos felizes, as vitórias e as conquistas são compartilhados
com alegria. Todos entendem essa alegria.
Porque somos iguais.
O que será
mais belo: um jardim de alegres tulipas amarelas ou uma paisagem com destroços
e lixo? O mais belo será aquele que lhe trouxer uma mensagem pacífica e
harmoniosa. Sua mente, em contato com sua alma, sempre escolhe o que lhe
trouxer uma ideia de bem estar. Porque a sua essência é pacifista.
O ser humano
há milênios é governado por sua parte materialista, que muitas vezes é
confundida com realismo e inteligência. Se for insensível pode ser elogiado,
até chamado de forte e determinado. E esses adjetivos alimentam o ego que o vai
cegando para as sutilezas da alma.
E assim são forjados cidadãos que atuam em
total desconexão de sua essência primordial. Podem ser fortes, podem ser
valentes, mas se escolhem a violência e o ódio, são infelizes. São infelizes porque estão desconectados da
paz. Esta desconexão traz conflito, dúvidas e medos acobertados pelo
comportamento bélico.
Construir a
paz é uma tarefa consciencial. A cada momento, a cada dia, é premente escolher
e estabelecer a paz em nossa vida e consequentemente a paz à nossa volta.
Porque
é o hoje que faz o amanhã. Porque a hora é sempre agora.
Shanti!
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